A dança é uma forma de expressão artística que envolve o movimento do corpo, geralmente acompanhado de música, ritmo e emoção.

    Mas quem foi o primeiro a dançar na história da humanidade? Essa é uma pergunta difícil de responder, pois a dança é uma atividade muito antiga e diversa, que pode ter surgido em diferentes lugares e épocas, por diferentes motivos e influências.

    Neste artigo, vamos tentar explorar um pouco a origem e a evolução da dança, desde as suas primeiras manifestações até os dias de hoje.

    Vamos ver como a dança se relaciona com a cultura, a religião, a política, a arte e a sociedade, e como ela reflete a identidade e a criatividade dos seus praticantes.

    A dança na pré-história

    Não há registros escritos ou visuais da dança na pré-história, mas é possível que os primeiros humanos já dançassem para celebrar, comunicar, imitar ou invocar os fenômenos da natureza.

    A dança pode ter sido uma forma de expressar sentimentos, contar histórias, transmitir conhecimentos ou fortalecer os laços sociais entre os membros de um grupo.

    Algumas evidências indiretas da existência da dança na pré-história são as pinturas rupestres, que mostram figuras humanas em posições que sugerem movimento ou ritmo.

    Outra evidência é a presença de instrumentos musicais primitivos, como flautas, tambores e chocalhos, que podem ter sido usados para acompanhar ou estimular a dança.

    A dança nas civilizações antigas

    As civilizações antigas deixaram mais registros da sua relação com a dança, tanto em textos quanto em imagens.

    A dança era uma parte importante da vida religiosa, social e cultural desses povos, que usavam-na para homenagear os deuses, celebrar as colheitas, marcar as estações do ano, honrar os mortos, divertir-se ou seduzir.

    Na Mesopotâmia, por exemplo, há relatos de danças sagradas realizadas nos templos em honra à deusa Ishtar.

    No Egito Antigo, há representações de danças fúnebres nos túmulos dos faraós. Na Grécia Antiga, há descrições de danças corais nos festivais dedicados a Dionísio.

    Na Índia Antiga, há textos que codificam as regras e os gestos da dança clássica. Na China Antiga, há registros de danças rituais nos ritos confucianos.

    Na América Pré-Colombiana, há vestígios de danças cerimoniais nos sítios arqueológicos dos maias, astecas e incas.

    A dança na Idade Média

    Na Idade Média, a dança sofreu uma forte influência do cristianismo, que via nela uma forma de pecado e de tentação.

    A Igreja tentou proibir ou controlar as manifestações populares de dança, que eram consideradas pagãs ou hereges. No entanto, a dança resistiu como uma forma de lazer e de resistência cultural entre o povo.

    Algumas das danças populares que surgiram ou se desenvolveram nessa época foram as danças circulares ou em roda (como a farândola e a carola), as danças em linha (como o saltarello e o estampie), as danças em pares (como o trotto e o la volta) e as danças dramáticas (como o bailo dos reis magos e o bailo dos pastores).

    A dança na Idade Moderna

    Na Idade Moderna, a dança passou por uma grande transformação com o surgimento do balé clássico na Europa.

    O balé surgiu como uma forma de entretenimento cortesão no século XVI na Itália e na França, e se tornou uma arte refinada e sofisticada no século XVII com o apoio do rei Luís XIV.

    O balé se caracteriza pela técnica rigorosa, pela elegância dos movimentos, pela harmonia das formas e pela expressão dramática.

    O balé clássico se espalhou pelo mundo e influenciou outras formas de dança teatral, como o balé romântico, o balé neoclássico, o balé moderno e o balé contemporâneo.

    Alguns dos nomes mais importantes da história do balé são Jean-Baptiste Lully, Pierre Beauchamp, Jean-Georges Noverre, Marius Petipa, Lev Ivanov, Michel Fokine, Vaslav Nijinsky, George Balanchine, Serge Diaghilev, Anna Pavlova, Margot Fonteyn, Rudolf Nureyev e Mikhail Baryshnikov.

    A dança na Idade Contemporânea

    Na Idade Contemporânea, a dança se diversificou e se democratizou ainda mais, com o surgimento de novos estilos e gêneros, que refletem as mudanças sociais, culturais e artísticas do século XX e XXI.

    A dança se tornou uma forma de expressão individual e coletiva, de contestação e de integração, de tradição e de inovação.

    Algumas das tendências da dança contemporânea são a dança moderna (que rompe com os padrões do balé clássico e busca uma linguagem mais livre e pessoal), a dança jazz (que incorpora elementos do jazz, do blues e de outras músicas populares), a dança de salão (que abrange diversos ritmos e modalidades de dança a dois), a dança folclórica (que preserva e divulga as danças típicas de cada região ou país), a dança urbana (que engloba as danças que surgem nas ruas ou nas periferias das grandes cidades, como o hip hop, o breakdance e o funk), a dança étnica (que resgata e valoriza as danças de origem africana, asiática ou indígena) e a dança experimental (que explora novas formas de criação e de interação com outros meios artísticos).

    Conclusão

    A dança é uma arte milenar e universal, que acompanha a evolução da humanidade desde os seus primórdios.

    A dança é uma forma de comunicação, de expressão, de celebração, de educação, de lazer, de saúde e de arte.

    A dança é uma manifestação da diversidade e da criatividade humana, que enriquece a nossa cultura e a nossa vida.

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    Avatar de Cristina Leroy Silva

    Formada em letras pela UNICURITIBA, Cristina Leroy começou trabalhando na biblioteca da faculdade como uma das estagiárias sênior. Trabalhou como revisora numa grande editora em São Paulo, onde cuidava da parte de curadoria de obras que seriam traduzidas/escritas. A 4 Anos decidiu largar e se dedicar a escrever em seu blog e sites especializados.