Na última sexta-feira (04) houve o lançamento de uma nova série da Netflix que, em poucos dias, já conquistou uma legião de fãs. Para entender esse sucesso, confira, hoje, uma crítica da série Sweet Tooth.

    Contudo, fique tranqüilo. A nossa crítica se mantém longe de spoilers. Por isso, pode ser sem preocupações, eis que as reviravoltas e o desfecho da série ficaram de fora do nosso texto. Assim, você pode ter uma noção do que irá assistir sem qualquer chance de estragar sua experiência.

    Sweet Tooth: Pandemia nas telas de uma forma bem diferente

    Em tempos de pandemia e de teste de Covid, parece até mesmo um clichê falar de um mundo pós-apocalíptico que sucede uma pandemia. Mas, saiba desde logo: Sweet Tooth não tem nada de trivial.

    Aliás, a série é uma adaptação de uma série de quadrinhos que surgiu ainda em 2009. Ou seja, a história existe desde muito antes de imaginarmos um mundo de máscaras, distanciamento social e milhares de mortes diárias por uma única doença.

    Essa é uma importante ressalva antes de começarmos a crítica de Sweet Tooth. Afinal, isso dá contexto ao surgimento da série, bem como ao universo que iremos explorar. Principalmente, mostrar como esse universo teve criação muito antes dos horrores que vivemos desde 2020.

    Pois bem, feitas as ressalvas iniciais, vamos à crítica? Confira e não deixe de conhecer Sweet Tooth. Ela merece, sem sombra de dúvida, figurar entre as melhores produções que a Netflix já fez.

    Crítica de Sweet Tooth: Quando a inocência dá sentido aos caos

    A história de Sweet Tooth se passa na Terra. Ela se desenvolve a partir do surgimento de um vírus, nas telas chamado de Flagelo, que dizimou milhões de pessoas no mundo todo ao longo de uma década.

    Ao mesmo tempo em que o Flagelo se espalha de maneira rápida e letal, outro fenômeno ocorre em nosso planeta: o surgimento dos Híbridos. Essa seria, então, uma espécie cujas criaturas nascem com traços humanóides e animais.

    O resultado, é claro, é bastante fofo. Contudo, no contexto da série, ele é apenas o último gatilho para o caos. Em meio às milhões de mortes governos se desmantelam. Ao mesmo tempo, as pessoas buscam sobreviver.

    E, para isso, buscam pelos mais diversos subterfúgios: esconderijos, criação de grupos de apoio e de segurança e, ainda, milícias. Novos grupos tentam prosperar nesse cenário caótico em que tentam lucrar em cima de tal desgraça.

    Além disso, é claro, os híbridos encontram preconceitos. Muitos deles viram alvo de caça, seja pelo preconceito (uma vez que há associação entre eles e o Flagelo). Outros, viram alvo de caçadores que pretendem enfeitar paredes com suas cabeças.

    E isso é só o ponto inicial da crítica de Sweet Tooth. Note, então, a riqueza do cenário ao redor do qual o projeto se desenvolve. E, aliás, é impossível não traçar inúmeros paralelos com a nossa realidade, onde infelizmente o preconceito ainda é latente e o diferente levanta questões e até violência.

    A cereja do bolo, então, é que o protagonista da série é justamente um híbrido. Gus, vivido pelo jovem e muito talentoso Christian Convery, é um garoto de apenas 09 anos que foi criado em uma região de reserva natural.

    Com isso, cresceu em meio à natureza e, também, à própria inocência. Contudo, esse seu mundo (então isolado e seguro) é posto de cabeça para baixo após uma série de eventos desastrosos. É a partir de então que a aventura do nosso pequeno protagonista tem início.

    E é justamente a sua inocência, o fato de ser um híbrido e sua criação em isolamento que proporcionam tantas aventuras emocionantes. Aliás, aqui é importante ressaltar a crítica de Sweet Tooth: essa é uma série extremamente passional.

    O resultado é encher os olhos. Seja pelas atuações impecáveis ou pela adaptação dos quadrinhos que consegue inovar sem cair em clichês, Sweet Tooth é com certeza uma das melhores séries de 2021.

    Além disso, você pode assisti-la sem remorsos. Afinal, a segunda temporada já está confirmada. Ainda, o próprio criador dos quadrinhos que inspiraram a criação para as telas está envolvido no projeto.

    Por isso, há garantia não apenas de continuidade, mas também de cuidados ao tratar dos quadrinhos. Existem, é claro, diferenças entre a obra literária e a televisiva. Contudo, elas são necessárias em razão dos espaços, mas ambas encantam.

    Dessa forma, não perca mais longas horas buscando o que ver na Netflix e aposte, desde logo, nessa série. Você com certeza ainda ouvirá falar muito dela, tenha certeza.

    Sweet Tooth é perfeita para ver e se encantar. Ela é, na verdade, um respiro de esperança para tempos sombrios. Os olhos brilhantes de Gus são capazes de nos fazer enxergar muito além do que estamos vivenciando e isso, por si só, é algo encantador.

    Avatar de Cristina Leroy Silva

    Formada em letras pela UNICURITIBA, Cristina Leroy começou trabalhando na biblioteca da faculdade como uma das estagiárias sênior. Trabalhou como revisora numa grande editora em São Paulo, onde cuidava da parte de curadoria de obras que seriam traduzidas/escritas. A 4 Anos decidiu largar e se dedicar a escrever em seu blog e sites especializados.